quinta-feira, 27 de março de 2008

LIVE!


Ontem no treino de meu moleque, ouvi alguns distintos senhores (beirando ou já beirado o meio século de existência) festivamente conversarem sobre o passado. Concordavam sempre com algo que efetivamente não pode ser provado ou sentido, e como testemunhas incontestáveis, alardeavam que era tudo melhor. O gol do Pelé ou do Dinaminte, o refrigerante Gini ou Seven Up, a novela da oito, o carro V8, a fivela do cinto, a largura da boca da calça, enfim todas aquelas experiências que só podiam ser vividas por quem esteve lá, era, um denominador feliz.
Chama-se saudade.
Por um motivo qualquer, o passado largou as coisas ruins de lado, deixando somente o que é bom, ativo, ligando isso a um sentimento de perda que nos empurra pra frente.
Acontece que tudo isso que ficou pra trás, foi um dia, o presente de hoje. E será que é assim mesmo, tem que ser ignorado ou tratado como rotina no agora pra ser laureado só daqui a alguns anos?

Foi assim que eu terminei de ver o treino, meu guri ali jogando e correndo. Vou me lembrar disso um dia, mas com a certeza que eu estava lá, sorrindo em tempo real.

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