quarta-feira, 13 de julho de 2005

- Pouco me importa se sua vida está boa ou não. Não perguntei nada disso.

- Porra, cara, passei minha vida inteira correndo de chuva de canivete. Justo agora que as coisas estão indo bem, você me arma uma dessas? Pára com isso, meu!

- Ou você me dá uma resposta, ou vai ficar muito pior.

- Putz, isso não é justo!!!

- Justiça é palavra puta, já dizia o Garth Ennis...

- Palavra puta? Mas que merda é essa?!

- Palavras putas são aquelas cujo significado muda de acordo com quem tem o poder. Liberdade, democracia, confiança...justiça é uma delas.

- Vá tomar no cu! Você me apronta uma tosqueira dessas e agora vem dar uma de filósofo para cima de mim? Qual é a sua, mermão?

- Você não está exatamente em posição de me pagar sapo, né, meu camarada? E aí, vai dizer o que eu quero saber ou não? A decisão é sua, só sua.

- Porra, para que tudo isso? Você está exagerando!

- Exagerando, seu filho da puta? Exagerando?!!! Você me ferrou! Eu demorei quinze anos para construir tudo o que tenho, e você vem e me ferra dessa maneira! Achou que não ia ter troco, é?

- Pelamordedeus! Se não fosse eu teria sido outro! Piedade, se você parar por aqui agora, ainda consigo reverter a situação! Pense bem!

- Babaca, você já me deu no saco. Perca as esperanças de "reverter a situação", escroto, nunca que eu vou te deixar sair limpo dessa! Agora, eu sou tão legal que estou te dando uma escolha! E aí? Última chance!

- Está bem! Faça!

Jonas, com um só golpe de machado, degolou Noel, que preferiu isso a viver sem seu pênis, que já havia sido extirpado duas horas antes. Ele sabia que não teria coragem de se suicidar depois, se saísse vivo dali.

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