quarta-feira, 26 de outubro de 2005

Instalação de post sob demanda. (Estou sem tempo)

Eu tenho um emprego maravilhoso. Sou eu que faço os desenhos de giz em volta dos corpos das vitimas, para a policia. Para isso estudei em Viena e fiz especialização em Moçambique. Meus préstimos são solicitados pelas policias do mundo todo. Ano passado , eu estava comendo um sanduíche de churrasco grego, na 25 de marco e tomando um desses sucos de laranja feitos de Tang, quando um pomba pousou no meu ombro. Eu fiquei estático olhando bem de perto aquele bicho marrom. Eu não mexia o pescoço com medo dela me bicar. A pomba me olhava desconfiada, pronta pra voar a qualquer reação minha. Um instinto assassino se apoderou de minha mente e lentamente , sem a ave perceber, comecei a procurar no bolso de meu casaco xadrez , meu 7.65mm, arma exclusiva do exercito do Azerbardão. Com tato apurado, fui remexendo nos bolsos:
- Huum, isqueiro, passe do metro vencido, hum, uma bala que o Honório me deu de troco, uma Uzi, porra(!) não esta aqui. Deve estarno outro bolso!
A pomba com sua cara feroz , não percebia meu movimentos. Discretamente, passei o sanduíche ao cara que passava com uma placa de "Compro Ouro":
- Segura meu sanduíche um momento por favor. - O sujeito me olha e diz:
- Cara, tem uma pomba no teu ombro. Ela já cagou todo teu casaco.
Dei um salto de 360 graus e voltei ao mesmo lugar. A pompa deu uma voadinha e voltou para o outro ombro. Num movimento cinematográfico, peguei dois tocos de giz que estavam em meu bolso e atirei com mira precisa de um atirador de elite contra a pomba. Acertou a placa do cara que segurava meu sanduíche. Plack!!!
A pomba , irritada, começou a dançar na calçada e apontava com o bico, um pequeno papel que estava fixado em sua pata nojenta.
- Hum, esse bicho esquisto parece querer me dizer algo...
Nesse momento, a pomba já dava piruetas , dançava rap, andando pra trás como o Michel Jackson , aquele pedófilo, e com o giz tentava escrever algo no chão. Na hora lembrei - me do G.O.R.Y. , especialista da policia em linguagem animal, o tradutor intérprete de periquitos luso-australianos . Peguei uma caixa de papelão e prendi a pomba. Liguei pra Gory:
- Gory, sou eu o Velho.
- Corno! Como tu me liga de São Paulo a cobrar?
- Rapidim!
- Fala.
- Uma pomba parece querer me informar de algo, mas não consigo compreender.
- Grrrrr! Uma pomba??!? Ela ta no chão?? Pisa nela, pisa!
- Vou pisar, mas antes preciso saber que mensagem ela quer me passar.
- Certo! Que ruídos ela faz?
- Não faz ruídos, ela fez sinais gráficos, escreveu algo no chão , mas não sei ler em pombonês.
- (Curioso) Hum, me passe esses símbolos. Rápido senão vai ficar cara essa ligação!
- OK! Esta assim, mas não consigo interpretar:

"SOU UMPOMBOCORREIOE
TRAGOUMAMENSAGEM
EMMINHAPATAESQUERDA,
DIGO, DIREITA.LEIAOBILHETE
PELOAMORDE DEUS!"

- Hum. Ela diz que é um pombo correio e tem um bilhete , ou algo do gênero amarrado na perna. Você deve retirar o bilhete da ave e esmaga-la com as mãos. Matar a pomba, trucidar, arrancar as penas, tacar fogo, decepa-la. FUI CLARO?
- Certo. Vou fazer o que você mandou.
Esmigalhei o bicho, como GORY me recomendou. Esse cara é um filha da puta mesmo, queria que eu acreditasse naquela estória de mensagem amarrada na perna da pomba. Naquele dia , a Sociedade Protetora Dos Pombos Correios, estava fazendo uma passeata na 25 de Março, e me viram arrancando a cabeça da pomba com a boca. Minha foto ( Eu com a pomba decepada nas mãos, e a boca cheia de sangue, estilo Ozzy.) saiu estampadas em todos os Jornais do mundo. O juiz quis me que minha pena fosse exemplar: morte na cadeira elétrica. O Gabeira aproveitou e sugeriu a liberação da maconha mas não deve apoio. No fim, fui condenado a 6 meses de prisão ouvindo Ângelo Maximo e Antonio Marcos num radinho AM de pilha, chiando mais que o Úrico Miranda em dia de final de campeonato em São Januário.
"VEM, VEM , VEM, COMIGO AO MEU LADO"...

Fernanda garantiu que não vai regular a olhota na Playboy.

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