ANO NOVO, VIDA NOVA
- Porra, cara, tô achando isso tudo uma merda...
- O quê?! Não está gostando de sua nova vida?
- Não. Tô achando uma bosta completa.
- Porra, mas é bom demais. A gente vai viver pra sempre e tem rango à vontade, tem tanto mendigo nessa cidade que ninguém dá nem pela falta dos caras. Qualé, virou viado? A matança te incomoda? Tá com saudade do sol por acaso? Você nunca foi surfista, porra!
- Foda-se sol, nunca mais vou precisar de Sundown. E mesmo antes de entrar nessa já achava que esse povão é tudo gado mesmo...não, não tem nada a ver. Tem a ver com meu pau.
- Pau? O que tem de errado com ele?
- Não levanta mais, cara.
- Claro que levanta, é só você direcionar o fluxo sanguíneo para ele. Fica duro por horas, se você quiser. Melhor que antes, depois de velho você ia precisar de Viagra, agora você vai atravessar o resto da eternidade passando o rodo.
- É, tô sabendo. Mas não é a mesma coisa, antigamente só de ver uma gostosa de minissaia ele já dava sinal de sentido, agora fica nessa merda de direcionar fluxo sanguíneo e não-sei-mais-o-quê. Sem graça pô, assim parece até que perdi o gosto por trepar.
- Você tá confundindo, fala como se a gente perdesse o tesão depois da metamorfose. Nada a ver, a gente continua sentindo prazer sexual do mesmo jeito. O lance é que beber sangue é tão mais legal, mais excitante, que o sexo fica algo assim como se entorpecido. Deixa de ser o mais gostoso da vida, só isso.
-É, e isso me incomoda pra valer. Porra, chupar o pescoço de um barbudo suado e fedido me dá mais prazer que transar com uma ninfetinha de banho tomado, toda perfumada. Isso tá dando um nó na minha cabeça, puta merda. Não era bem isso que eu esperava.
- Olha, bicho, quem me pôs nessa vida foi uma gorda ninfomaníaca com problemas de esquizofrenia, ela usou o carisma dela para me hipnotizar na boate e levou para o apartamento dela. Quando acordei e abri a janela, descolei uma queimadura que demorou três meses para sarar. Sorte que eu gostei da parada, se eu achasse ruim ia ter que me conformar do mesmo jeito...
- Ah, não vem com essa conversa de Lestat de "eu te dei a escolha que nunca tive", mané! O ponto não é esse, meu ponto é que eu gostaria de dar uma boa trepada de novo, achando graça de verdade, e tal. Esse lance de carisma é legal, a gente pode arrastar a gostosa que quiser pra cama, mas eu sinto que perdi um pouco o lance da conquista, da incerteza, da paquera. Mesmo que eu tente deixar de lado, a gente acaba usando inconscientemente o poder, né?
- Que papo de bicha, porra, tá reclamando que nunca mais tomou um fora? Deixa de ser sentimentalóide, o lance é pau na máquina, mané! Parece mulher, putz!
- É, de repente você está certo. Mas é que desde moleque eu queria comer a Marcinha e ela só me esnobava. Semana passada eu passei o ferro nela e nem foi tão bom. Estragou meu sonho de adolescência, a fantasia de inúmeras bronhas.
- Que papo aranha, putzgrila. Mas foda-se, já escureceu. Vamo sair pra comer, malandro.
- Bora.
- O quê?! Não está gostando de sua nova vida?
- Não. Tô achando uma bosta completa.
- Porra, mas é bom demais. A gente vai viver pra sempre e tem rango à vontade, tem tanto mendigo nessa cidade que ninguém dá nem pela falta dos caras. Qualé, virou viado? A matança te incomoda? Tá com saudade do sol por acaso? Você nunca foi surfista, porra!
- Foda-se sol, nunca mais vou precisar de Sundown. E mesmo antes de entrar nessa já achava que esse povão é tudo gado mesmo...não, não tem nada a ver. Tem a ver com meu pau.
- Pau? O que tem de errado com ele?
- Não levanta mais, cara.
- Claro que levanta, é só você direcionar o fluxo sanguíneo para ele. Fica duro por horas, se você quiser. Melhor que antes, depois de velho você ia precisar de Viagra, agora você vai atravessar o resto da eternidade passando o rodo.
- É, tô sabendo. Mas não é a mesma coisa, antigamente só de ver uma gostosa de minissaia ele já dava sinal de sentido, agora fica nessa merda de direcionar fluxo sanguíneo e não-sei-mais-o-quê. Sem graça pô, assim parece até que perdi o gosto por trepar.
- Você tá confundindo, fala como se a gente perdesse o tesão depois da metamorfose. Nada a ver, a gente continua sentindo prazer sexual do mesmo jeito. O lance é que beber sangue é tão mais legal, mais excitante, que o sexo fica algo assim como se entorpecido. Deixa de ser o mais gostoso da vida, só isso.
-É, e isso me incomoda pra valer. Porra, chupar o pescoço de um barbudo suado e fedido me dá mais prazer que transar com uma ninfetinha de banho tomado, toda perfumada. Isso tá dando um nó na minha cabeça, puta merda. Não era bem isso que eu esperava.
- Olha, bicho, quem me pôs nessa vida foi uma gorda ninfomaníaca com problemas de esquizofrenia, ela usou o carisma dela para me hipnotizar na boate e levou para o apartamento dela. Quando acordei e abri a janela, descolei uma queimadura que demorou três meses para sarar. Sorte que eu gostei da parada, se eu achasse ruim ia ter que me conformar do mesmo jeito...
- Ah, não vem com essa conversa de Lestat de "eu te dei a escolha que nunca tive", mané! O ponto não é esse, meu ponto é que eu gostaria de dar uma boa trepada de novo, achando graça de verdade, e tal. Esse lance de carisma é legal, a gente pode arrastar a gostosa que quiser pra cama, mas eu sinto que perdi um pouco o lance da conquista, da incerteza, da paquera. Mesmo que eu tente deixar de lado, a gente acaba usando inconscientemente o poder, né?
- Que papo de bicha, porra, tá reclamando que nunca mais tomou um fora? Deixa de ser sentimentalóide, o lance é pau na máquina, mané! Parece mulher, putz!
- É, de repente você está certo. Mas é que desde moleque eu queria comer a Marcinha e ela só me esnobava. Semana passada eu passei o ferro nela e nem foi tão bom. Estragou meu sonho de adolescência, a fantasia de inúmeras bronhas.
- Que papo aranha, putzgrila. Mas foda-se, já escureceu. Vamo sair pra comer, malandro.
- Bora.
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