sexta-feira, 3 de março de 2006

Armários da Paixão
(qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)


Alan era solteiro. Por opção. Herdeiro de família suíça dona de rede de joalherias, nunca tinha feito porra nenhuma. Vivia na putaria, 24 horas por dia. Apesar de aparentar ser o fodão, Alan nutria um desejo secreto pelo seu jardineiro, o Nicanor. O que ele não sabia é que o jardinerio mantinha um caso com a copeira Jurema.

Numa noite de sábado, cansado de se esconder de todos e decidido a sair do armário, Alan entrou sorrateiramente no quarto de Nicanor na intenção de cagar pra dentro, dando fim ao seu martírio. Ao entrar flagrou o negão comendo a Jurema. Seu mundo desabara.

A vingança seria doce. No carnaval daquele ano Alan deu folga de dois dias a Nicanor, mas não para Jurema. Na madrugada, ensandecido, Alan invadiu o dormitório da copeira e a estuprou. Algumas semanas depois Jurema veio com a notícia ao patrão: estava grávida!

Com um sorriso nos lábios, Alan - dono de costumes europeus - disse que se casaria com Jurema, desde que Nicanor fosse seu amante.

Meses depois de oficializada a união - capa de revista em várias publicações - a polícia encontrou o corpo de Alan em um córrego próximo de sua mansão, empalado, com um estranho sorriso nos lábios. O crime nunca fora esclarecido.

Jurema teve o bebê. Para homenagear o pai Alan e o amante Nicanor, resolveu batizar o bebê com um nome que lembrasse ambos.

Nascia então Alaor.

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