ABOBRA – Fosse bom, não era vermelho.

Déjà vu.
Final.

A hora.
Sentado num banco isolado ( e tomando mais uma) começo a observar os serviçais já se preparando pra o fim. O fotografo esta comendo um cachorro quente escondido e um garçom na entrada da cozinha bebendo uísque apressadamente. " Pérai, ele tem uísque??!"
Em cinco minutos eu também tenho. As garçonetes estão desalinhadas e cansadas. Já não servem ninguém e retiram as loucas das mesas. A pivetada já desencanou do karaokê e já tem mulher cantando "Pintura Intima". Mais um uísque , e estou cantando RPM. Nessa hora o fotografo larga o terceiro cachorro quente e se sentindo um verdadeiro paparazi, pega a filmadora e : me filma rebolando no meio do salão e gritando HUH! by Paulo Ricardo no microfone. Pronto, esta feito.
Bebaço, vou cantar parabéns e a festa chega ao final. Minha mulher tenta me arrastar pra fora, enquanto canto abraçado com Carlos, "Coração de estudante". Todos estão rindo e minha mulher tenta amenizar: "Ele não esta acostumado a beber e quando bebe se solta!"

Na porta do bufet, pego um palito de dente e brigo com uns moleques pra estourar os balões que restam. Entro no Ka da Claudia e grito: "Ate a próxima! AAEEEEEEEEEEEEE...." . No canto do portão, imbatível, o fotografo filmou ate o ultimo momento. Quando finalmente o KA virou a esquina, ele desliga a câmera e volta a comer o que sobrou de seu cachorro quente. Cheguei em casa as 19:30 e cai na cama. Santos e Botafogo é o caralho!

Seis meses depois , eu assisti a fita.