ABOBRA – Fosse bom, não era vermelho.

Um incorrigível romântico ortográfico e as formas de sexo. parte 2



Claudemir mergulha boca e nariz na grande vagina de Maria Rita. Estão na sala e na TV começa mais uma edição do Jornal Nacional.
- Claudemir, Garotinho "diçe" que se for "eleitu" vai aumentar o salário pra quinhentos real.
- Unfff.
- Ainda bem que acabou a greve de fome do Garotinho. Amanhã vamos pra igreja comemorar.
- Unfff. aummnstunfffffff.
- Homem, não tô entendendo nada. Tira a boca dai !
- Se o Garotinho for eleito, vou te comprar um desses depilador moderno pra mulher que vi la nas Casas Bahia.
- Ué seu porra, devolve o sofá então.
- Não dá, o depilador é mais caro sua burra.
- Gosta de meter a pica, e pedir pra eu chupar esse pau. Agora quando é pra chupar a minha "popoca" fica de frescura por causa de uns pelinhos.
- E tem mais, se aumentar o salário vou te mandar pra um médico de buceta, porque as coisa não tão boa aqui não.
- O que você quer dizer filho d´égua ?
- Tá fedendo ô Maria Rita. Tá amargando.
- Vai pra puta que pariu, agora é que eu não dou o meu cu mesmo.

Maria Rita ajusta a saia, e sai pela porta. Claudemir se arrepende um tempo depois e pega o fusca pra procurar Maria Rita pelo bairro. Sobre a ponte de madeira do corrego estava Maria que escalou o ponto mais alto a fim de acabar com a própria vida, e com os olhos em lágrimas viu Claudemir chegando e se jogou nas águas. Ela ainda pôde ouvir no seu curto vôo noturno o som de Take my breath away, que tocava no fusca. Mas o que infelizmente ouviu depois foi o som dos ossos de suas pernas se quebrando no córrego de meio metro de profundidade.