segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

É hoje o dia!

Quando o relógio marcou 18h00min naquela segunda-feira agitada, ele juntou suas coisas e saiu apressado daquela sala quente, de mobília antiga e empoeirada, onde trabalhava no centro da cidade.

De fato, aquele era um dia atípico. Eufórico e bastante ansioso, pegou sua moto e no busco-fusco daquela tarde-noite de verão foi, o mais rápido que podia, ao encontro de sua doce e apaixonante jovem amante.

Chegando à beira mar, estacionou sua moto, desligou o celular para que ninguém o incomodasse, ajeitou sua roupa, os cabelos no espelhinho do retrovisor e foi em direção ao restaurante onde, usado como um pretexto qualquer, marcara de tomar um chopp com ela.

Sua menina já o aguardava na mesa 4. E, logo na segunda tulipa, acompanhada por uma porção de batata frita, beijinhos no canto da boca e sussurros ao pé do ouvido, toda aquela louca, desajeitada, impúdica e agoniante paixão foi se acometendo...

- Garçom! A conta, por favor.

Escapando do restaurante, rumo à praia, encontraram um trecho de areia deserto e lá, na sombra violácea de algumas rochas avermelhadas que formavam uma espécie de gruta, começaram a se acariciar avidamente.

Homem feito, de jeito rústico e com seus sentidos transbordando por aquela menina de longos e lisos cabelos castanho-claros, exaladora de um adocicado e suave aroma de mulher e dona de uma ligeira, mas aparente marquinha de biquini contrastando com a alcinha de seu leve e solto vestidinho xadrez, sentaram-se entre as pedras e as pernas, as lindas e irrequietas pernas dela, não ficaram de todo fechadas, exorando nele um desejo incessante de afagá-las.

Com a leveza de sua mão rude, começou a deslizá-la por debaixo daquele vestido e quando localizou o que buscava, um misto de prazer e tensão - por estarem em um lugar aberto, mesmo com apenas os óculos de sol de alguém que o perdera, como única testemunha - tornou-se presente em suas feições, naquele momento.
Então, ele ficou de joelhos para enfim possuí-la e no que a puxou para si...

- ii... Acooorda velho! Já deu por hoje, não?! Todo mundo já tá se mandando! – Disse seu colega de trabalho, de passagem pela sua sala, tapeando seu ombro.

- Hã? Quê? Como? – Falou, ainda atordoado e sonolento. – Pqp... Peguei no sono... – Lamentou-se enquanto lembrava da maldita hora que tinha sido acordado.

- Vai pra casa, vai! Vai loogo, antes que o boss te coma o rabo por te ver cochilando aí na cadeira... Ah! E Meus parabéns pelo teu aniversário! – Cumprimentou-o já na porta, de saída. – Ia falar pra comemorar bem hoje... Brincando com a patroa... Mas com a idade avançando... Boa diversão lá com o PS3 e o seu filhão! Fuui!

La La La La La...

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