quinta-feira, 5 de março de 2009

A confissão.

Hoje, lá pelo fim da tarde, vi um e-mail depositado em minha caixa de entrada, com endereço desconhecido, que me deixou intrigada, escrito assim:
Oi Lisa, você não me conhece e nem eu a conheço, mas, você é, praticamente, a única mulher no Abobra e no Picolinos. E, fervorosamente, acredito que só você poderia me ajudar...
Este e-mail é uma confissão:
Eu amo o Gil Mackoy [sim, assim começava o e-mail que, por um instante, desconfiei de sua veracidade]!
No último domingo, na igreja, constatei que amo-o desde o primeiro minuto em que o vi. Sou uma mulher apaixonada e solitária, e o Gil é o amor da minha vida!
Agora, Lisa, tendo lido estas linhas, saberás de tudo. Por isso, nunca mais devo aparecer na igreja em que, eu e Gil, freqüentamos. Isso seria inadmissível! Ele é comprometido. Não quero ser posta na rua, pela igreja, quando desconfiarem de algo...
Por favor, pare, não leia o restante deste e-mail absurdo até o fim! Vá, exclua-o daqui.
A situação é simples. Naturalmente, tenho a mais absoluta certeza de que não sou nada para ele, nada mesmo. Ah, sim, ele tem até certo prazer em conversar comigo (e zombar um pouquinho de mim), passou a gostar da nossa acolhedora igreja, de certos livros - também apreciados por mim, da hortinha que temos nos fundos da igreja e até mesmo de minha filhinha espevitada e sem modos - apesar de ser quase uma moça. Mas eu não sou nada pra ele. Sou? Não sou. Não significo absolutamente nada para o Gil.
Se, após ler esta “confissão”, você decidir postar, na qual autorizo-a somente se houver alguma chance dele, com aquele romantismo sóbrio que sou suficientemente atraída, me fizer uma proposição amorosa.
E, se ele cogitar a hipótese de marcarmos um encontro (o que sei que não acontecerá e só por isso estou me permitindo escrever desta forma), minha permanência na igreja acontecerá. Pois, isso só poderá significar uma coisa: que ele me quer, tanto quanto eu o quero, como uma companheira para toda vida e estará disposto a unir sua vida à minha por todo o sempre e ser como um pai para minha filhinha!
Permita-me divagar e delirar ainda por alguns breves momentos, porque sei que a essa altura você já excluiu este e-mail...
Sei o quão conservador é Gil, sei de seu senso de decoro, e talvez ele possa se sentir chocado com toda minha impetuosidade nestas escritas. Ele, que sabe tão bem esconder seus sentimentos mais profundos, deve estar achando-me uma bobinha e sem vergonha, para abrir assim o meu pobre pulsante coração...
Lisa, se sua curiosidade a fez ir até o fim desta “carta”, faça o que achar mais cabível. E reze por mim – se é que costuma rezar.

Grata, admiradora X.


Eu... Só tenho uma coisa a dizer:

E agora José??? Que fim poderá levar essa comovente história de Gil Mackoy e sua admiradora X?

Opção A - Ele ama sua mulher, jamais seria capaz de traí-la.

Opção B - Ele marcará um encontro com a admiradora X e viverão felizes para sempre.

Opção C - Ele é um homem de Deus e não quer saber dessas promiscuidades.

Opção D - Ele sairá correndo, para contar pros seus miguxos.

Opção E - Ele, na verdade, está flertando com a filhinha ninfeta da admiradora X.

Opção F - Nenhuma das alternativas anteriores.

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