sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Auto-escola


Lembro-me do troféu imenso, dourado e brilhante na bancada da sala do meu pai, perto dum vaso com uma planta diferente - eram galhos com umas bolinhas parecidas com algodão - e dois quadros na parede de fundo, com fotos dele num kart.
Fã do Airton Senna, ele assistia religiosamente as corridas de domingo. Inclusive, quando o Senna morreu, - estava na varanda brincando com lego e minha mãe me deu a notícia - a primeira pessoa que me veio à mente foi ele.
Nossos passeios, freqüentemente, eram ficar dando voltas e mais voltas pela cidade, num de seus carros ou motos potentes.

Conheci minha amiga Milena, - hoje minha comadre - andando de mobilete, há dezesseis anos.
Achava um máximo aquela guria quase da minha idade, dirigindo uma quase moto.
Numa dessas idas e vindas em frente a minha casa, pedi para dar uma volta, em sua garupa. A partir daí, muitas voltas foram dadas, muitos óleos 2 tempos foram misturados na gasolina da mobilete, muitas queimaduras na perna foram feitas... Ah sim! E ainda tínhamos uma vizinha que era dona de uma loja Yamaha! Vira e mexe estávamos nós andando em uma “Jog”.

Na “aborrescência” a vontade de saber dirigir carro foi aumentando. Peguei um pálio num sítio e quase atropelei uma boiada que cruzou a minha frente. Quase. Depois disso fui querer aprender como o meu irmão: Pegando o carro escondido, de madrugada.
É, aprendi. E aprendi também que dirigir sem habilitação dava uma multa de 500 e pouco reais (na época), além dos danos morais com a família.

Mudei-me para o Rio e tirei carteira de habilitação.

Nas eventualidades que fui para Poços de Caldas, na casa do meu pai, tive a "oportunidade" de pegar seus carros foderosos, escondido. Mas já tinha habilitação! E em uma dessas vezes, tinha até sua namorada de cúmplice.
Carros como aqueles não davam para simplesmente andar como passageira... Entende?

Fui muito para Campinas com meu irmão e, dirigir em estrada é o que há! Mas dirigir viajando é muito perigoso! E com sono, depois do almoço, também. Dei dois cavalos de pau, um pra cada lado, na rodovia Dom Pedro I, por causa de uma mosca - grande! - que entrou e ficou sobrevoando o vidro dianteiro do carro. Perdi o foco, mas pelo menos a mosca saiu e todos permaneceram ilesos.

Agora veja bem, meu filho com 6 anos de idade é completamente alucinado por carros e sabe muito! Será que isso poderia ter alguma influência genética? Ou seria somente uma influência sociocultural? Ou os dois?

Enfim, na verdade tudo isso era apenas pra ser uma twittada dizendo que hoje dirigi o carro novo da mãe \o/, mas acho que o cheirin de carro novo me fez refletir bastante... Ou seria outra coisa?

Ok, fim.

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