terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entre uma e outra, prateleira.


Sabe quando aquela tentação do passado volta, por meros acasos, a te perturbar? Pois é, foi exatamente isso que ocorreu com a pessoa que vos fala.

Há cerca de um mês, eu e minha (atual) namorada fomos à vídeolocadora, ver se encontrávamos algum filme bom para assistirmos no fim de semana. E acabei encontrando, entre as prateleiras, um filme antigo, cujo tempo lhe fez muito bem, por sinal.

- Oiii Thiago! – Disse minha ex-namorada. Vindo, radiante, ao nosso encontro. - Nossa... Nem acredito, quanto tempo não nos vemos, hein?! Parece que os anos não passaram pra você! - Exclamou, cumprimentando-me com um beijo, quase no canto da boca.

- Oi Carol, tudo bem? - Falei sem jeito, sentido minha mão ficar roxa de tanto que a namorada apertava.

- Tudo ótimo! - Respondeu relevantemente à minha pergunta, já que era inquestionavelmente notório o quão bem estava - E você... Continua muito bem, como antes! - Acrescentou.

- Obrigado.

Numa hora dessas, além de roxa, minha mão já devia estar descamando, pois, de apertões passou para beliscões. Mas, para o bem dela e de todos, Carol já estava de saída e então despedimo-nos.

Bom, depois disso, não preciso nem dizer o quanto eu e Marina discutimos todo esse mero acaso, enfim. Os dias se passaram, a semana também e, por mais que Carol aparecesse do nada em meus pensamentos, eram só pensamentos, que: Sem o exteriorizar, sem problemas.

Mas... Para acabar com meu sossego, o “mero acaso” novamente veio me perturbar. Marina e eu fomos ao mercado e advinha quem, entre as prateleiras, encontramos? Carol.

- Ah! Não acredito que te encontrei de novo! - Ela veio, desinibidamente, falando.

- Pois é, que coisa. - Disse sem conseguir tirar os olhos de sua “nova” tatoo de fadinha, no pescoço.

- Então... Por que não aproveita e me dá seu telefone para mantermos contato?

Eu gelei. E sem saber ao certo como reagir, inventei a desculpa mais esdrúxula que me veio à mente. Algo tão sem nexo quanto: “Não vai dar... Ontem meu celular foi abduzido por marcianos, enquanto dormia e tô sem, no momento.”

Porém, como aquela timidez que existia há cinco anos, parecia ter desaparececido completamente com o tempo, a atiradinha disse:

- Vou anotar o meu telefone num papel, então. - Pegando em sua bolsa, o papel e a caneta.

Perplexo com toda situação, inclusive com a fria tolerância de Marina diante aos fatos, peguei o papel, finalizei a conversa e saímos, um para cada lado.

O silêncio, por um determinado momento, pairou no ar, de "ambos os três". Já os pensamentos...


(Fdp! Ele me paga! Só me deixa encontrar com um ex pra ele ver o que é bom...)

(Vtnc! Ela tá demais! Só queria dá uma bem dada com ela e nada mais...)

(Pqp! Que máximo! Só pela cara dele, sei que ainda é caidinho por mim...)



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