ABOBRA – Fosse bom, não era vermelho.

O que é a felicidade ?

Uma coisa que me deixa muito feliz é poder mexer com música. Apesar do trabalhão que é um projeto desses, e mesmo que o retorno não seja satisfatório, tocar numa banda é uma terapia para mim. Acho que vou passar o resto da minha vida nesse caminho, brincando de fazer músicas e melodias estranhas. Mas isso não dá dinheiro, todos olham e pensam "Coitado, pensa que vai ganhar dinheiro com isso". Também gosto de design, trabalhar layouts, alias, é a única coisa que faço a quase 10 anos, projetar interfaces gráficas e desenhos gráficos, minha mãe diz até hoje "Meu filho faz um concurso público, trabalhar para o governo é mais seguro". Todo mundo tem o segredo para a felicidade, todo mundo sabe quais são as regras a seguir, aprenderam desde pequenas que não se deve sair do caminho. Todos pensam ter a fórmula para a felicidade.

A sociedade diz que a felicidade está no casamento, também diz que as pessoas magras é as que são legais, e se por acaso uma mulher tem vários parceiros então é uma puta. E se um homem falar que faz sexo uma vez por mês é porque as coisas não andam bem. Dizem que para cada pessoa existe uma cara-metade, e que não é certo mora sozinho. No casamento então, é proibido existir privacidade. As duas metades juntas são apenas um corpo só ? Isso é felicidade ?

Acredito que a felicidade está nas mudanças. Todo mundo sente algo no interior dizendo: "Vai, é essa a sua chance" ou então algo grita no nosso subconsciente "Não pegue esse caminho". Mas fizeram a gente acreditar que existe uma única estrada, e que a nossa liberdade não vale muito, temos responsabilidades com a sociedade, temos que esquecer nossos sonhos, temos que respeitar os padrões. Não sou contra os casamentos, desde que os integrantes do matrimônio se sintam bem ao lado de uma mesma pessoa pelo resto da vida. Mas infelizmente alguns descobrem talvez um pouco tarde que a felicidade acontece quando estão sozinhas. Não sou contra ser funcionário público, porque existe pessoas que se sentem felizes com tarefas burocráticas, mas alguns descobrem que deviam ter pego um outro caminho a 20 anos atrás.

Mas nada é tarde demais.