terça-feira, 22 de fevereiro de 2005



Parte 03


A minha amada me disse que não era bom que as pessoas descobrissem que estávamos namorando. Um namoro que ninguém podia saber, porque ela me disse que os pais dela são nervosos e podem me machucar se descobrir. Então ela me pediu pra mentir sobre isso. Eu não gosto de mentir, porque não acho certo esconder as coisas. Mas eu não vou mentir, só vou ficar calado quando alguém me perguntar "O que você fez com ela ?" , "Me fale o que você fez com ela !". Não vou falar nada, isso não é mentir. O silêncio. Eu adoro o silêncio.

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Hoje a minha tia Marina veio em casa, e veio me perguntar :"Porque você comprou um sofá novo ? Porque não está tomando o remédio ? O que são essas manchas no sofá ? Quem é que esteve aqui ? Porque você não me responde ? Quer voltar para o hospital ? Quanto você gastou ?". Já disse que não gosto de muitas perguntas. Então ela ficou nervosa porque resolvi ficar em silêncio, e ela sabe que quando fico em silêncio é porque estou nervoso. Fomos a um supermercado, e compramos muita coisa. Comprei sucrilhos, mel, ovos, enlatados, chocolate biz, comprei algo novo : 4 tipos hidratantes diferentes, a tia perguntou porque tanto hidratante e falei que era pra passar nas pernas, na barriga, e no pescoço. Veja só, eu falei a verdade e ela nem desconfiou que o hidratante era pra passar na minha amada. Preciso tomar cuidado com minhas respostas, mas é muito difícil ficar pensando em tudo ao mesmo tempo. Descobri então que me sinto melhor quando não tomo o remédio. Me sinto mais alegre, menos triste. Estava feliz agora porque eu tinha minha amada. Eu prometi pra tia que ia voltar a tomar os remédios, e como é um remédio controlado, que deve ser tomado 24 a 24 horas ela ia controlar isso contando o número de comprimidos. Mas eu não quero ficar triste de novo, então resolvi que todo dia ia jogar um comprimido no vaso sanitário. E se ela me perguntar se estou tomando o remédio, vou ficar em silêncio. Não gosto que me chamem de drogado, então não sou obrigado a tomar esse remédio.

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Quando ela deitou no sofá, viu que eu tinha comprado hidratante para pele, eu coloquei eles em cima da estante enfileirados. Queria que ela visse os hidratantes, porque eu gosto de uma pele macia, então me pediu pra passar em seu corpo. Era o mesmo horário. Vinte horas e trinta minutos. Tirei sua blusinha e seus seios não são grandes, o da minha mãe era maior porque ela era gorda. Minha amada é magrinha e quando passei o hidratante sobre seus seios, pude sentir as suas costelas. O umbigo tem um piercing, e fiquei imaginado como deve ter sido dolorido colocar aquele metal ali, então virei ela de costas e tirei a sua roupa, as suas nádegas são firmes, e sua costa é linda por causa dos ombros bem definidos, e o pescoço bem fino e delicado. A sua cintura bem definida realçava bastante o bumbum. E quando passei o creme por sobre as nádegas, ela não disse nada. Ela estava de olhos fechados, linda, sempre linda. Continuei passando o creme por entre as pernas, depois voltei as nádegas, ao redor de sua esfíncter. Eu ouvi ela dizer "Mete o dedo bem devagar com o creme". Coloquei o dedo todo, bem devagar , como ela pediu.

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Ouvi alguém batendo na porta. Olhei no relógio da cozinha eram vinte e três horas e dois minutos. Minha amada estava dormindo comigo na cama. Não quis acordá-la. Olhei pelo olho-mágico e vi dois homens. E perguntei:
"Pois não ?"
"É da polícia"
"O que vocês querem ?"
"Fazer algumas perguntas"
"Sobre o que ?"
"Sobre o desaparecimento de Larissa Souza"


Continua amanhã »

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