N2
Meu sobrinho some e fico ali sozinho. Sinto duas mãos cobrirem meus olhos e um belo par de tetas roçarem minhas costas. É aquela típica besteira que mulher faz:
- Adivinha quem é?
- Hã?? (Falso) É você, Kátia??
- Adivinhou! Você sumiu, tava te procurando. Quero te mostrar a parte de cima da casa. Mas ninguém pode saber. - Olhei pra aquele tesão, 18 anos, tudo no lugar como tem que estar. O coração batendo rápido. Fui taxativo em minhas intenções:
- Olha menina, não tenho tempo nem idade pra brincadeiras. Não quero ver porra nenhuma de casa, quero é te ver nua.
- Aqui não dá. O Robson tá ligado.
- Foda-se esse moleque! Vamos sair daqui! Vamos pra um motel!
- Cara, você é casado, isso vai dar confusão. Vamos marcar algo pra depois.
Olhei para o azul dos olhos de Kátia e estava sujeito a fazer alguma tolice pra comer aquela menina. Não fiz, mas falei a besteira:
- Você não esta entendendo, quero você agora. Não me importa minha mulher nem esse pirralho que você chama de namorado, podemos começar uma nova historia daqui. ? Falei essa inconseqüência e acariciei delicadamente a marca do quadril de Kátia.
Homem sempre faz isso. Ele age como se aquela trepada fosse a ultima. Usa de todos os argumentos por uma gozada. Um homem com tesão, pode confessar crimes que não cometeu, roubar, matar ou ate se passar por viado, tudo por uma buceta. No meu caso, naquela situação, eu deixei o pudor de lado e expunha ate a possibilidade de um caso mais intenso, com promessas. Na mente de uma moça de 18 anos, deve soar estranho esse pensamento, mas eu não tinha mais nada a fazer. Ainda mais com uma puta dor de barriga. Meu devaneio se desfaz com a gritaria assustada dos presentes na festa. Robson trazia um espeto de lingüiça empunhado como uma espada e o ódio dos traídos no olhar. E grita ensandecido:
- Me avisaram e eu não levei fé! TIRA as PATAS de minha mulher, seu VELHO fedorento!
Eu ponho o corpo na frente de Kátia e me armo pra luta corporal. Sabia que ia levar um cacete, mas fiz o estilo. A menina se desvelhencia de mim e corre na direção de Robson que lhe abraça com um dos braços, segurando o espeto de forma agressiva. Ela ensaia o choro e faz a cena:
- Robson, ele queria me agarrar! Esse velho asqueroso! Não mata, mas enche ele de porrada!
Jurei que ia cagar ali no chão mesmo. Mas a adrenalina deve ter cumprido sua parte e bloqueado todo e qualquer buraco. Não queria mais cagar e muito menos fuder naquela hora. A turma do "deixa disso" aborda Robson, que na verdade estava com mais medo do que eu e respirou aliviado com a intervenção. Gabriel se aproxima de mim e fala aborrecido:
- Porra tio, mais que papelão! Pode ir embora que eu vou depois. Sai na boa.
- Mas eu...
- Você não entendeu? Vai, vai cara! Tá bêbado, vai queimar meu filme com meus trutas!
- Mas eu não estou...
Gabriel se afasta e desculpa-se com os amigos alegando que estou embriagado. Robson consola Kátia e diz cheio de moral pra turma ao seu redor:
- Esse vacilou forte! Esse cara é um bundao! Esses manés não sabem beber, se fodem mesmo comigo. Se vocês não me seguram, acabo matando o tiozinho, viu Gabriel!
Velho, playboy, nerd, peidao, bêbado e bunda mole. Eu fui embora, mas antes olhei bem pra cara daquela puta loira. Ela me responde levantando as sobrancelhas, como se dizendo que nada podia fazer. A porta e o capô da minha famosa GTI estavam totalmente riscadas. Parei vinte minutos depois, no putero. Escolhi uma morena fantástica. Dei quatro trepadas. E uma cagada monstro na suite. Sem problemas com o fedor, afinal era uma prostituta mesmo. Na minha saída, a puta comenta com uma amiga de profissão:
- Esse cara veio aqui pra cagar. O banheiro do quarto esta inutilizável por uma semana. Ele deve ter comido um cachorro morto, Deus do céu!
Cheguei em casa às onze horas da noite. E brochei. Minha mulher disse que deve ser o stress. Eu concordei. Essa musica funk deixa qualquer um stressado. Depois, mais descansado, dei a quinta foda. Não quero correr riscos de me chamarem de brocha. E bicha é o caralho. CHEGA!
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