Viajando....
Chegando a Brasília, morto de fome pela exaustiva viagem partindo de Curitiba entro no primeiro restaurante que vejo, próximo a rodoviária.
Ao adentrar o recinto, noto pela decoração local, e pelo "naipe" dos garçons que se trata de um restaurante nordestino, raridade em Brasilia. Bom ja falei de pronto pro garçom: - Me vê uma carne seca !
O gançom me atendeu de pronto.
Quando estava pra colocar a manteiga de garrafa me aparece uma porra de um gênio com chapéu de cangaceiro.
- Oxente bichinho, tu me libertasse da garrafa, e por isso tem direito a 3 pedidos.
Eu pensei, pensei, pensei...e disse:
- Eu quero que você vá embora.
O gênio vazou e eu voltei pro meu rango.
Ai comendo e refletindo me veio uma genial idéia na cabeça. Criar um mundo melhor pra se viver, com base na carne seca. Produzir tecidos de fibra de carne seca, montar habitações populares de carne seca, produzir i-pods de carne seca, enfim, a merda toda.
Chamei novamente o garçom e solicitei que me trouxesse o maior pedaço de carne seca possível.
O paraíba então volta com um bloco de carne, cheio de moscas ao redor, eu aceitei de pronto e sai rolando esse pedaço de carne seca pelas planícies brasilienses.
Peguei um ônibus, a carne entrou pela porta de trás, o que me redimiu de pagar sua passagem. Quando ja ia me sentando, me deparei com a Roberta, uma gordinha com a qual tinha rolado um affair semanas antes, na última vez em que eu visitei a região.
Ela chegou toda barrigudinha e disse: Estou esperando um filho seu, ele nascerá no inverno e se chamará Francisco Rodrigos.
Desconfiado, imediatamente levantei a camisa dela e vi que a safada escondia um pedaço enorme de carne seca ali, pra me enganar que estava gravida. Ai caiu minha ficha e meu mundo desabou por um instante, compreendi que a carne seca também poderia ser usada para propagar o mal.
Com tanta humilhação e decepção mudei radicalmente de atitude e resolvi dedicar minha vida a Alcatra, essa sim, uma carne nobre.
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