quinta-feira, 17 de abril de 2008

Eu não era assim.


Falhar, todo mundo diz que falha, mas quando você falha é foda de aceitar. E eu que não sou burro nem nada e pago plano de saúde, procurei um especialista que foi logo perguntando:
- Mas me diga, ocorre o tempo todo?
- Olha doutor, começou há algum tempo, sabe, na hora de deitar e tal...
- A idade, né? Vamos olhar isso direito, senta ali naquela cadeira.

Eu não estava errado, realmente o medico diagnosticou o problema. Sai meio frustrado, não é bom descobrir seus defeitos ainda mais quando descobertos por outra pessoa que pouco sabe sobre você. E não nego uma certa vergonha ao apresentar a receita à balconista:
- O senhor nunca usou? - Pergunta a mocinha cheia de intimidades. Ferido de morte, respondi enterrando o restinho do orgulho:
- Nunca.
- Ok! Você já idéia da armação? É pra leitura, certo?

Assim na lata? Vou usar um par de lentes entre o nariz durante o resto de minha vida e tenho que decidir que tipo de desenho ele vai ter assim de uma hora pra outra? É grande passo a ser dado e a porra da ótica quer é te vender. E me passa um atestado de trouxa:
- Escolhe com calma mas não seja muito exigente, quase ninguém fica com o primeiro par de óculos que escolheu.
Claro que não fica, se não enxergo direito como posso fazer esse tipo de escolha agora, pensei.
As opções são tantas.
Opções de cores, porque todas as armações são do estilo Renato Russo ou do Neo do Matrix, ambos ícones viados. Escolhi um de tiozinho mesmo.
To lendo ate bula de remédio. Não adiantou muito pra escrever. O conteúdo continuou a mesma merda de sempre.
Só que com 1 grau a mais.

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