ABOBRA – Fosse bom, não era vermelho.

Republicações de um Velho Maldito!

O processo foi lento. O desgaste foi aumentando. No principio éramos um só , mas era a hora da separação.
- Eu não quero te machucar. Foi o tempo. Nossa vida mudou, eu mudei , você mudou.
- Eu continuo o mesmo. Você é que vê as coisas de outro ângulo.
- Eu preciso de liberdade, sair, ver o mundo. Você me mantem presa, sufocada.
- Pra te proteger. Para não deixar ninguém machuca-la.
- Não quero tua proteção. O que você chama de proteção, segurança, não quero mais isso.
- Bom , você é crescida. Não vou te segurar, você sabe o que quer. Pra você que sai da minha vida é fácil, mas eu continuo por aqui. Sozinho...(lagrimas)
- Não vou complicar as coisas pra você. Você logo arranja outra.
- Arranjar outra? Tudo muito simples! Mas e os momentos ? Esses são insubstituíveis, minha querida! (nervoso) Vai, vai ...vai embora. (suando)
- Você é um escroto! Nunca me ouviu! Nunca me consulta sobre nada! Só me levava nos lugares de TEUS interesses. Eu sempre fui segundo plano. Chega disso! Basta!
- (suspiro) Te desejo sorte, então. Sei lá, seja feliz. Conheça "os lugares" que não te mostrei, veja o mundo , conheça gente, mas não se esqueça de mim.
- Não vou esquecer. O que sou hoje , devo a você. Queria te agradecer...
- Sem beijos por favor. Eu não suportaria...

Ela foi embora. Como sempre, eu fiquei sozinho. Vazio. Ainda via seu traços , sentia seu cheiro. Mas acabou. Não sei quando terei outra, a vida não da certeza de nada. Limpei a bunda e me levantei. Minha cagada foi embora pelo esgoto. Adeus...