Under Pressure.
Bunda de mulher é coisa linda de deus. Bunda de mulher com calça de gancho baixo e dançando funk é coisa linda de nosso senhor Jesus Cristo. Os cofrinhos abundavam na sala da festa de pobre. Reguinhos pra todo lado. Por isso esses filhos da puta ouvem essa merda de musica. E eu nem sabia disso. Uma loirinha queimadíssima, mostrava orgulhosa a marca da alça do biquíni, que provoca mesmo quando fica a vista na lateral da cintura. Uma morena balançava as seios no ritmo horrível, mas a visão era deslumbrante. Aquilo era um harém . E o melhor é que não havia homem dançando, só as cachorras mesmo.
Abordei meu sobrinho pra me interar das coisas:
- Gabriel, quem são essas gostosas?
- Orra, são nossas amigas.
- Sei, e quanto elas cobram o programa? Aquela loirinha vai se fuder comigo...
- Tá louco, tio? Ela se chama Kátia e é mina do mano Robson. A morena que ta dançando na boca da garrafa é a Raquel, do mano Edimilson. A ruivinha do Mano Claudiney, o nome dela é Michele...
- Porra , e eles deixam elas ficarem nessa putaria?!??
- Que putaria?? Aqui é tudo na consciência, - ele leva o indicador à têmpora - as "mina dança" e a gente curte. Mas não se coloca a mão nelas...
Comer uma puta é algo que o homem faz pra preservar seu casamento. Você vai, come a puta, paga a foda e acabou-se. Você não fica com saudade da puta, nem precisa ser delicado com elas. Nunca vi ninguém dizer a uma profissional do sexo que foi um prazer negociar com ela, apesar de ser o único negocio que realmente dá prazer. E diferente de uma trepada com sua esposa ou namorada, você tem que sair avoado dali após o fato consumado. Esse não é um lugar pra você ficar exposto, logo você, esse homem serio. Já gozou?? Passa no caixa e já pra casa! E não se perca no caminho, afinal, você não quer trair sua mulher.
Essa é uma diferença básica, quando você realmente sente tesão numa mina que é puta e outra que não é. Principalmente se você é casado e esta acompanhado de um sobrinho pentelho, numa festa funk. Mas a Kátia , ah, a Kátia...
Uma meia hora depois de eu ter chego a festa, eu já estava relativamente instalado. Arrumei um canto perto da cozinha, de onde eu podia olhar o rabo da loirinha e com pleno acesso a cerveja Bavaria. E conforme eu ia "acessando" a cerveja, mas acessível ficavam meus olhos na Kátia. Até acontecer o que sempre acontece quando você fica secando alguém direto: Ou o dono do item cobiçado percebe que você esta meio assanhadinho e vai as vias de fato, ou a própria presa percebe e comenta a uma amiga que "esse bagacento esta viajando se pensa que ficar com ele!" . Aconteceu a segunda hipótese, na melhor das opções. Foi quando Gabriel se aproxima da loira a comenta algo que parece te-la feito feliz. E minha situação ficou complicada quando ambos se juntam a mim. A loirinha sorri um encantador sorriso metálico:
- Você é o Velho? - Gabriel confirma:
- Claro que é! É ele mesmo que escreve aqueles bagulhos! - Eu estou embaraçado e muito perto do pânico. E a melhor maneira de você lidar com isso, é caçoar de você mesmo:
- Não menina, não sou "o Velho", sou só é velho mesmo! - E Gabriel insiste com Kátia.
- Porra, to falando serio! É ele mesmo. Diz aí , tio!
E na altura de meus quase um metro e oitenta de timidez, acendi um cigarro e confessei:
- É, as vezes escrevo umas besteiras em blogs....
- Ah, eu já li, já lembrei quem é! Você faz aquela historia do Jesus. Curto demais! É o Jesus me chicoteia, né??
- Não, não, esse é outro. Mas esquece isso, o Gabriel é foda, fica falando esses bagulhos. - Meu sobrinho esclarece a inevitável confusão:
- Não , Kátia, ele escreve no Abobra, burra! - a moçoila faz a típica cara de "nunca ouvi falar disso na minha vida. É de comer?"
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