quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Saí do trabalho, pontualmente uma hora depois do fim do expediente. Hora Besta! Mochilinha na mão, leve mas incômoda - Uma garrafa térmica e uma marmita em alumínio amassada - Antes do ônibus parei para tomar uma branquinha. Um trago e só.

Começo olhando as gordinhas feias desdentadas que batalham pelo aluguel do quartinho até que me flagro mais uma vez fui traído pela mente enganadora de alcoólatra. Estou bêbado, deitado nos braços de uma negrinha. Penso na mulherzinha em casa e na filhinha dormindo. Numa conta rápida vejo que gastei sua barbie e a conta de água. Broxei! Sou um estúpido!

A esposa não me confia mais, a pequenina também não. E o pior. Eu também não acredito que possa mudar. Visto-me e com o troco compro uma garrafa de conhaque – Para aliviar a culpa – E vou caminhando os dez quilômetros que me separam de quem me ama. Penso em me matar, penso na pequena e sinto vergonha. Deito na sarjeta e choro e bebo e durmo o sono dos justos.

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