quinta-feira, 4 de março de 2010

Nos tempos do velcro.

Certa noite me dou conta que o número de mulheres querendo ficar comigo está quase equivalente ao número de homens querendo ! Mas o que anda acontecendo??? Por acaso meu lado macho, depois de velha, resolveu aflorar e nem percebi? Ou seria a insatisfação tamanha com sexo oposto, que fez a muguerada resolver mudar de time? Ou uma nova moda lesbian chic choc xeca, do momento? Ou sei lá o quê?
Bem, diante a tantas indagações, resolvi observar seus respectivos comportamentos pra, quiçá, entender melhor esse fenômeno que anda pairando sobre minha vidinha careta.
Notei três tipos distintos de moças, cujo quais definirei como: Homo, Bi e Lésbica. - Acompanhem-me.

ATENÇÃO: Os relatos a seguir são baseados em fatos reais. Ou não.

Juliana era professora na faculdade de letras. Rapariga que, apesar do jeito de se vestir não ser dos mais afeminados, possuía gestos delicados, que intercalavam com uma certa postura masculinizada. Muito alegre e sorridente, logo se afinizou com minha pessoa. Tornamo-nos amigas. Numa tarde de aula na faculdade, enquanto lanchávamos, fiz um elogio em relação à sua roupa: calça xadrez, baby look branca e uma sandália de tiras grossas vermelhas. Juliana deve ter sentido alguma possível brecha e veio me falar sobre sua preferência sexual até chegar ao ponto de dizer que nunca havia tido relações sexuais com homem algum. Ficar sabendo disso, naquele momento, me deixou um tanto quanto confusa, curiosa, sem reação e intrigada em relação à nossa suposta amizade. Até onde as coisas entre eu e ela poderiam significar algo mais...? Ela se declarou pra mim. Depois disso, tivemos alguns bons encontros, mas me entrosei com outra turma e nos afastamos. Juliana era do tipo Homo, daquelas que tradicionalmente seria um bom partido pra se namorar.

Samantha fazia design gráfico e parte dessa outra turma na qual havia começado a andar. Baixinha, cabelos na altura do pescoço e óculos de sol grandes, vestia-se bastante de roupa listrada. Sempre saíamos para beber e, algumas vezes vínhamos aqui pra casa, também. Certa vez, nós duas e mais uma amiga, depois de bebermos umas e outras, começamos a falar nossas verdades umas pras outras. Então, Samantha falou que não conseguia se sentir tão à vontade em suas relações sexuais com homens. Surpresa com tal relato, perguntei se ela só curtia mulheres, e ela disse que não só, mas que curtia bastante. No encontro posterior, Samantha me pediu um beijo. Disfarcei como quem não sabe disfarçar, caindo na risada, e ficamos entendidas. Ela começou a namorar um cara, muito bonito por sinal. Continuamos amigas. Certa noite, ambos dormiram aqui, e ela nos propôs um ménage à trois. Essa, era do tipo Bi. Gostava de meninas e meninos, tudo dependia do nível de afinidade. Parei de sair com essa turma quando conheci Márcio.

Tina era namorada do amigo de Márcio. Bonita, descolada, bastante afeminada e muito caprichosa com suas futilidades. Possuía uma necessidade imensa de se sentir desejada. De olhos claros, várias tatuagens, piercing, alargador e cabelo vermelho, Tina, depois que entrou pra turma, logo terminou seu namoro. No rock, aonde íamos, chamávamos muita atenção dos caras. Era até cômico, uns ficavam com a pulga atrás da orelha pensando se estávamos nos pegando, outros deviam pensar que, se pegasse uma, levaria a outra de brinde, outros interessavam-se por apenas uma, outros, por ver duas moçoilas, tentavam se aproximar... Enfim, toda essa fogueira das vaidades que se costuma rolar, mas sendo algo mais constante ao lado de Tina. Até que um dia, quando saímos para beber com três amigos, ela, do nada, vira um beijo numa outra guria, no bar. Todos nós ficamos surpresos com sua ação, mas os caras (imagina !) ficaram naquelas sem saber se batiam uma bronha ali mesmo, se disfarçavam a excitação ou sabe-se-lá-o-que. Após o termino do beijo, Tina virou pra mim e disse: “Bom demais chocar eles, né?” Essas, pra mim, são as Lésbicas. Onde seu maior intuito é chamar atenção, dos homens. Tina pediu para dormir aqui, eu disse que não ia rolar. Desde então, não nos falamos mais.

P.S. Você, rapaz hetero e viril, que está paudurecendo a uma hora dessas esperando um gran finale pras três historinhas, #fikdik: baixe a bola.

Quanto ao fato em si, obtive uma conclusão unânime entre os acontecimentos: Todas as três relataram questões bastante mal resolvidas com os homens.
Não tenho preconceito em mulher pegar mulher, apenas considero uma lástima, as que não sabem o que realmente buscam. Acho digno procurar a causa de suas adversidades bem no fundo de suas trompas de falópio ao invés de tentar tapar com uma bo***a desculpa.

Énóisaquioutravez !

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